sábado, 23 de novembro de 2013

Napalm

 
          É hoje! Entrei naquele pássaro metálico. É a primeira vez que voo. Vou para longe, Vietnã. Meu país precisa de mim. Carrego uma metralhadora, é um pouco desagradável, a energia que ela passa é negativa, tão negativa quando a da guerra na qual estou. Não desanimo. Já matei cinco Vietcongues e executei uma mulher. Ela estava gravida, implorava por suas vidas. Não podia fazer nada.

          Mataram minha mãe, estou sozinha agora. Esta guerra está indo longe de mais. Oro por paz toda noite. Meu pai está lutando. Nossas armas nem se comparam as deles, mas conhecemos a floresta, o que nos da uma boa vantagem.  As vezes ouço os tiros. Já vi amigos morrerem. Lágrimas caem enquanto escrevo. Fizeram está guerra só para mostrar poder, quem que governa o mundo. Eles possuem corações frios, mentes frias. Ninguém ganha com a Guerra.

          
          Estamos perdendo! Fui atingido, mas já estou bem. Tive de matar mais pessoas. Não gosto dessa guerra, a odeio. Porque estão fazendo isso? Poder, eu acho? Comecei a pilotar um caça. Já não gosto de voar.

          Estamos ganhando? Não, não há vencedores! Meu povo esta morrendo. A cultura vietnamita está morrendo. Os dois grandes poderes só se importam com eles mesmos. Já fazem três dias que eu não como. Há crianças aqui, comigo. Elas chora, o medo invadiu nossas almas. Já fazem anos que mamãe foi morta. Não sei se papai ainda vive.

          Me mandaram bombardear o vilarejo de Trang Bang. Faremos isso em Julho. Já é 1972? Vim para cá em 1955. Estou com medo!

          Há muitos aviões no céu! Estou com medo!

          Lancei a bomba de Napalm. Eu e vários outros. Pude ver as casas e pessoas queimarem. Ouvi seu choro. Não quero mais ver ninguém sofrendo. Perdi o controle do caça. Ejetei, mas na queda me feri gravemente. Estou ao lado de uma garota, no chão frio. Ela esta queimada, se contorce de dor. Ela olhou para mim! Passei a mão em seu rosto. “Me perdoe!”. Não resisti…

          Lançaram bombas em nós! Queimaram nossas casas. Me vi pegando fogo. Jogaram água em nós, mas não adiantou. Vi um avião cair. O piloto caiu do meu lado. Estou com dor! Olhei para ele. Passou a mão em meu rosto, me olhava como quem pede perdão. Eu Sorri. “Eu te perdoo!”.  Não resisti…


1- O que você acha das guerras? Como ela nós afetam?
2- Quais motivos são pretexto para guerrear? Eles são bons?

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Metáforas da Comodidade

          Como a morte de um animal pode modificar a vida de uma família? Qual a visão de uma pessoa, presa numa caverna, ao ver o mundo exterior pela primeira vez? Duas questões distintas, mas que apresentam sentidos similares, sendo metáforas para a comodidade em nossas vidas.
          Os dois temas, o texto “Ousar para mudar” e o vídeo “Alegoria da Caverna de Platão”, mostram a comodidade por dois ângulos: a comodidade por escolha, no texto, onde os fazendeiros tinham boas terras, mas não a aproveitaram, até surgir a necessidade de usa-la; e a comodidade por falta de conhecimento, onde a caverna dos acorrentados é uma metáfora para a ignorância.
          Hoje, temos acesso a conhecimento, mas alguns preferem se acomodar com vidas secas, pois tem medo ou preguiça te mudar. Não querem ver que a vida  pode ser melhor para não ter que mudar, numa ignorância escolhida, mas, para sair da caverna, basta querer mudar, e não se acomodar.
          Como bons brasileiros que são, já usaram do bom jeito, não é? Da preguiça para conseguir algo. Porém, esperar sentado nem sempre da certo, correr atrás de uma vida melhor é o mais indicado.