
A diferença nos salários pagos a homens e a mulheres aumentou em
2010, segundo dados do Cadastro Central de Empresas, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se, em 2009, os homens
ganhavam, em média, 24,1% a mais que as mulheres, em 2010 essa
diferença subiu para 25%.
Segundo o IBGE, em 2010, a média salarial dos homens era 3,5
salários mínimos (hoje, R$ 2.177), enquanto que a das mulheres era 2,8
salários mínimos (atualmente, R$ 1.741,60). Enquanto isso, as mulheres,
que respondiam por 41,9% do pessoal ocupado em 2009, passaram a
representar 42,1% da força de trabalho na empresas e outras
organizações brasileiras.
– O que a gente percebe é uma concentração muito grande de mulheres
nas empresas menores, que pagam os salários mais baixos – disse Kátia
Medeiros de Carvalho, analista das estatísticas do cadastro de empresas
do IBGE.
A pesquisa também mostrou um aumento na diferença dos salários pagos
de acordo com o nível de escolaridade do empregado. Em 2009, quem tinha
ensino superior ganhava 225% a mais, em média. Em 2010, essa
diferença passou para 230,4%.
Trabalhadores com ensino superior receberam, em média, 7,6 salários
mínimos (hoje, R$ 4.727,20) em 2010, enquanto aqueles sem escolaridade
superior tiveram média salarial de 2,3 salários mínimos (atualmente,
R$ 1.430,60) no mesmo ano.
Além disso, a pesquisa mostra que os salários médios pagos pelas
empresas e outras organizações brasileiras cresceram 0,6% entre 2009 e
2010. De acordo com o levantamento, o salário médio passou de R$
1.640,12 em 2009 para R$ 1.650,30 no ano seguinte.
QUAL É O RESULTADO DA PESQUISA? QUAL É A SUA OPINIÃO?